A mescla do mundo público e privado é um fenômeno que vem acontecendo muito impulsionado pelas novas tecnologias e smartphones, dando uma nova dinâmica para a atualidade. Minha geração, obviamente com exceções, têm o mundo virtual como uma vitrine da sua personalidade, estilo de vida, gostos, preferências. Desse modo, existe uma necessidade de expor tudo a seu respeito, até o que antes era dito como privado, a fim de construir a imagem ideal e fazer uma boa propaganda de si mesmo. Ainda que tudo isso pareça superficial ou fútil, a lógica da rapidez e instantaneidade, a liberdade sexual e o desapego aos costumes leva tudo a essa nova dinâmica que permite ás pessoas a se relacionar com alguém que conheceu na internet, sem ter que esperar semanas para saber se a pessoa está interessada também. Portanto, a minha geração, que é tão criticada por ser fútil só dispõe de dispositivos e liberdades que anteriormente eram repudiadas pelos bons costumes.
O documentário “Helvética” mostra a importância que uma – aparentemente – simples fonte tem na vida das pessoas e no seu cotidiano, já que muitas vezes esse impacto não é tão percebido. A tipografia é definida como uma arte compositiva de diversos textos, da qual cada letra é pensada da forma mais harmônica possível. O conjunto todo projeta sentimentos e sensações nas pessoas, influenciando a forma como interpretamos o mundo. Após a Segunda Guerra Mundial há uma reviravolta no mundo do design gráfico, colocando a racionalidade em evidência. A fonte helvética entra nesse contexto de uma racionalização das formas e composições, através de um viés modernista, sendo criada no final dos anos 1950, dado que antes as fontes eram mais carregadas visualmente. Utilizada para os mais variados fins, sua simplicidade complexa encanta os tipógrafos que afirmam que não existe forma de melhorá-la. Utilizada por grandes marcas como Coca Cola e também em placas, avisos, tornando-se quase universal...
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